A criação da Casa Do Povo das Lajes data de finais de 1971, na sequência de um processo oficial de sensibilização, que decorre por cerca de meio ano. Na verdade, em edição de 1 de maio de 1971, o boletim paroquial convoca os chefes de família para uma reunião, agendada para o domingo imediato na despensa do Império, perante um representante da direção central das Casas Do Povo, então consideradas ”instituições cooperativa do Estado”. Porém, a constituição do primeiro corpo diretivo da Casa Do Povo das Lajes deriva da realização de duas assembleias. Em tal direção, participam Manuel Dinis Pacheco e João Martins Aguiar, por sugestão do presidente Ramiro Meneses, que pouco depois assume as funções de coordenador da Federação Das Casas Do Povo do antigo distrito, Angra Do Heroísmo, até finais de 1975. Os lajenses, nomeadamente os trabalhadores rurais e os pequenos proprietários não abrangidos pela assistência da Caixa de Previdência, acedem aos primeiros benefícios resultantes do funcionamento do novo organismo estatal de solidariedade social no mês de abril de 1972. Na altura, após um tempo de inscrições, a Casa Do Povo disponibiliza os cartões de sócios, procede ao pagamento dos primeiros serviços, que na época eram cuidados básicos de enfermagem. No entanto, o intento governamental de alargamento de uma política de assistência acresce a jurisdição da Casa Do Povo das Lajes, que adquire alçada sobre a vizinha freguesia de S. Brás. Aliás, em março de 1974, a instituição organiza inclusivamente um horário próprio para atendimento dos associados são brasenses, considerando já os incómodos da deslocação às Lajes.
Pouco depois, estas circunstâncias até obrigam à abertura de uma legação da Casa Do Povo das Lajes em S. Brás, que naturalmente evolui para organismo independente em maio de 1976, por força de um maior aprofundamento das obrigações sociais do Estado. A averiguação dos primeiros balancetes anuais da Casa Do Povo das Lajes comprova a extensão dos benefícios, comparativamente ao montante das obrigações. De facto, logo em 1973, a cobrança de quotas rende 66 450, 80 $, quando o custo de prestações e serviços sociais atinge 466 463, 70 $, redundando num défice de 400 012, 90 $, coberto pela transferência de verbas públicas. Após o 25 de Abril de 1974, a generalização dos progressos da assistência social ainda acresce a despromoção.
Com efeito, em 29 de março de 1975, o Semeador regista as contas do ano anterior, correspondentes à uma receita de 229 390, 90 $ contra um dispêndio de 2 493 062, 10 $. Daí, a efetiva convicção da melhoria da segurança social por ação da Casa Do Povo. Ademais, a instituição ainda representa um polo de dinamização sociocultural e desportiva de grande interesse comunitário. A Casa Do Povo funciona inicialmente no Passal. Porém, logo depois, transita para a antiga padaria do Caminho de Baixo, onde permanece até 1982, data da sua definitiva transferência para o novo edifício Polivalente, que também alberga outros serviços comunitários. A constituição deste imóvel constitui, por alguns anos, uma reivindicação dos lajenses, que alegam a falta de instalações apropriadas. Em janeiro de 1979, por altura de uma visita à freguesia, o então Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória anuncia o arranque do projeto.
Atualmente a Casa do Povo possui as seguintes respostas à comunidade: RIAC; Núcleo de Saúde Familiar; Consultórios médicos, Salão para festas (Batizados, Aniversários, Casamentos e Espírito Santo).
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Morada: Rua Padre Lourenço Ávila, Lajes