A Academia de Dança do Juventude Desportivo Lajense foi fundada em 2014 e na altura contava com cerca de 15 atletas, na vertente de competição apenas a nível regional.
Ao longo dos anos esta academia tem evoluído de forma gradual e positiva, tendo inscritos atualmente 30 atletas, que fazem competição na modalidade. Para além da vertente competitiva, faz igualmente parte da escola um grupo de dança social com cerca de 22 pessoas, casais e mulheres individuais.
A nível da competição da modalidade de dança desportiva, desde 2018 que apostamos em competições a nível nacional. Presentemente os 5 pares inscritos para além do campeonato regional, competem também em provas a nível nacional alcançando títulos de campeões nas duas provas em que participam.
A Academia de Dança Juventude Desportiva Lajense proporciona diversas formações com treinadores portugueses e estrangeiros, de forma a que os seus atletas possam adotar uma melhor performance a nível de competição. Durante o ano de competição, que é de janeiro a dezembro, esta também participa em exibições de dança, desfiles, e tudo o que possa oferecer e acrescentar qualidade, alegria e gosto pela modalidade.
Para mais informações e se desejar aprender a dançar tanto a nível de competição como a nível social:
Instagram: academia_jdl
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Anualmente, as festas do Espírito Santo decorrem um pouco por todo o arquipélago dos Açores, onde a partilha de alimentos constitui a principal característica, porque equivale à melhor forma de exteriorização do culto da solidariedade.
Após a decadência em terras do continente, as festividades do Espírito Santo substituem no arquipélago, ainda com o carácter principal traço de união entre as crenças e os costumes das suas gentes.
No caso terceirense, ressalta o esplendor das festividades do Ramo Grande. Neste caso, a peculiaridade resulta decerto da antiga fertilidade, que gera as maiores reservas de pão, carne e vinho, justamente os ingredientes fundamentais do cumprimento das promessas. Assim, as Lajes localizam-se no maior centro da celebração do culto do Espírito Santo na Terceira e nos Açores.
Nas Lajes, à semelhança da prática mais comum da ilha Terceira, as festividades do Espírito Santo decorrem da Pascoela à Trindade. No essencial, constam da realização de 8 funções, promovidas em cada domingo pelos respetivos imperadores, e de 2 bodos, organizados nos dias de Pentecostes e da Trindade pelos correspondentes mordomos. A seleção de imperadores e mordomos respeita um procedimento muito antigo, consistindo no sorteiro de pelouros entre candidatos, que geralmente agem no cumprimento de promessas. Em referência ao ano imediatamente seguinte, a extração das sortes ocorre em ato público, durante a realização do primeiro bodo, no domingo de Pentecostes, de acordo com a ordem de precedência das inscrições feitas perante a Comissão do Império.
O Império das Lajes construído pelos Rodrigues, mestres na arte de trabalhar a pedra, tendo uma estrutura retangular, num plano único elevado sobre um embasamento e balcão adossado à fachada principal com guarda em ferro fundido entre pilaretes de alvenaria. O acesso ao balcão e ao império é feito por duas escadas laterais.
Tem três vãos na fachada principal que dão forma a uma porta e a duas janelas de peito com uma pequena guarda em ferro fundido, sendo que a iluminação natural do seu interior se completa com quatro janelas na fachada lateral esquerda.
A cimalha é constituída por cornija e platibanda, encimada por um frontão recortado contracurvado sobre a fachada principal. No tímpano existe uma cartela onde é possível ler-se a inscrição “1916”. Sobre o vértice do frontão está uma coroa do Espírito Santo.
Os membros mais antigos da Comissão do Império que se conhece estão nos estatutos de 1936, aprovados pelo Governo Civil do Distrito de Agra do Heroísmo a 10 de abril e 1937.
Segundo os estatutos a Irmandade do Divino Espirito Santo “é a associação de todos os fiéis que já existiam com a devoção de irmãos e dos mais que quiserem juntar-se-lhes e comprometam a concorrer com serviços pessoais e donativos para solenizar anualmente os festejos do Divino Espírito Santo nos antigos usos e tradições dos nossos antepassados desta ilha Terceira”.
Ao longo de décadas centenas de homens e mulheres dedicaram-se a manutenção do culto, cuidando das insígnias, bandeiras e coroas, adquirindo mesas, bancos, loiças, talheres, tachos, pipas, açafates e outras alfaias e mantendo e melhorando os edifícios do império e da despensa.
Assim tem-se assegurado a continuidade desta tradição secular e que constitui um dos elementos unificadores da nossa vila e da nossa identidade enquanto povo.